sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Goji

Já aqui escrevemos sobre o goji (Lycium barbarum). Esse fruto milagroso e rejuvenescedor, agora na moda. Hoje em dia tudo o que é “fruto vermelho” ou “fruto silvestre” é bom. Não temos nada contra. É bom, mas também a maçã e a pêra o são. E sobretudo não devem ser encarados como a salvação da saúde e das dietas.

Ora o goji é bom mesmo. E já provei. Desesperávamos de conseguir que os nossos rebentos vingassem. “Terra de muito vento, não dá nada”. “Precisam de altitude, não vai dar”. E durante este ano foram crescendo, estão mais altos que nós, mas com uma folhagem escassa e pouco viçosa. Parece que vão cair a todo o instante.

As flores do goji são minúsculas. E o fruto também. Por isso quase não se vê. Há dias provei um (não havia mais!), e foi difícil perceber o sabor. Hoje descobrimos mais estes. E pronto, habemos goji.

domingo, 31 de julho de 2011

Pêra Nashi (Pyrus pyrifolia)

Pêra, sabemos o que é. Nashi, parece ser várias coisas. Inclusivé, segundo li algures, o nome de um movimento de jovens russos contra o fascismo. Aqui é mesmo nome de pêra. E assim sendo, vem bem recomendado.

É uma pêra, mas na sua forma arredondada parece uma maçâ. É um belo fruto. Digo é, no singular, porque a nossa jovem pereira está forte e bonita, e tem a crescer bem um só fruto. Estamos ansiosos para provar a nossa produção.

Quando comprámos para saber como era, reparámos que é um fruto com uma textura granulada. E parece que não é adequado para doces. Estas pêras vão ser mesmo para saborear al dente.



sexta-feira, 29 de julho de 2011

Paz, amor e mirtilos

No primeiro fim de semana de Julho, decorreu em Sever do Vouga a 4ª Feira

do Mirtilo. Em anos anteriores não nos recordamos de ter ouvido falar de tal encontro. Este ano, pensámos que valeria a pena ver como era.

Estudámos o programa e escolhemos ficar de sexta para sábado.

E lá fomos nós em demanda do mirtilo. Por coincidência, era fruto que nunca tinhamos provado. Vemos as caixinhas nos supermercados. Amoras, framboesas, groselhas e mirtilos. Sempre gostei destes frutos. Não sei se é por serem pequenos, se frágeis, se é a cor. Vejo também que as tais caixinhas são caras, não incentivam a prova. Temos por isso vindo a trabalhar para ter estes frutos silvestres no nosso sítio. Amoras, este ano já estamos a armazenar para doces e sobremesas. (Se as vendessemos...) Framboesas, já vamos provando uma mão cheia delas. Groselhas, comi ontem uma, minúscula. Faltava o mirtilo.

Voltando a Sever do Vouga, a viagem teve algumas peripécias, com encontros e desencontros de estradas.

Chegámos e encontrámos um espaço bastante agradável. E muito mirtilo. Gelado de mirtilo, refresco de mirtilo, mirtiloska (uma adaptação livre da caipiroska), palestras sobre o cultivo da planta, visitas a plantações, worshops de culinária, espaços onde almoçar e jantar, espectáculos de música...

O espectáculo a que escolhemos assistir estava incluído no Festim – Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo, a decorrer em várias localidades da zona de Aveiro. Juntando o útil ao agradável, no dia 1 de Julho actuou no recinto da feira o Grupo catalão La Troba Kung Fu. Foi um excelente surpresa. Acordeão, baixo, reggae... tudo bom, com imensa energia.


Viemos embora com um CD autografado, broa de mirtilo (muito boa), chá de mirtilo, sandálias criadas por um sapateiro à moda antiga (não vos disse já que havia muita coisa?) e três pés de mirtilo, com instruções precisas para as tratar. Quem lá está sabe da poda! Literalmente.

Agora já temos mirtilos. As plantas, quero eu dizer. Por enquanto estão verdejantes e firmes na terra. Trouxemos também uma framboeseira, das vermelhas. Porque afinal as que já temos, muito docinhas e saborosas, aprendemos em Sever do Vouga que são uma espécie híbrida de framboesa e amora.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Novo ano, nova cor

As nossas hortênsias sempre gostaram de ser diferentes. No ano passado, apesar de nunca estarem todas as flores abertas ao mesmo tempo (coisa que sempre achámos invulgar), eram de um rosa escuro que só víamos no nosso Sítio.


No entanto, parece que este ano estão diferentes. Ainda não as podemos ver floridas todas juntas, mas parece que estão a mudar de cor e a tornar-se azuis.


domingo, 5 de junho de 2011

Mais um pequeno visitante

Mais uma vez, um pequeno visitante no nosso Sítio, desta vez numa Papoila-da- -Califórnia.

domingo, 10 de abril de 2011

Nogueira

A nogueira (Juglans regia) é uma árvore que cresce até quinze metros de altura e tem ramos grossos, que formam uma copa grande e arredondada. As flores têm sexos diferentes e o seu fruto é a noz. A madeira é dura e avermelhada. A nogueira é originária da Europa Oriental e da Ásia.

Antigamente, dizia-se que sentar-se à sombra de uma nogueira dava azar, mas a noz simboliza a protecção devido à sua casca dura. Na tradição hebraica da Bíblia, as nozes são comparadas às Escrituras: a casca representa os factos históricos exactos e o seu conteúdo está cheio de simbologias e mistérios. A nogueira é também símbolo da fertilidade. Diz-se que uma folha de nogueira apanhada na noite de São João colada ao corpo protege dos raios e trovões.

As infusões de nogueira têm propriedades adstringentes e curam as frieiras.

As nozes sabem bem simples. Descascar e comer, em tartes, bolos, doces, com requeijão e mel, é sempre bom.

Quando chegámos ao nosso Sítio, o conhecimento que tínhamos de nozes vinha do mercado, comprar e comer. Por isso, no primeiro ano, não sabíamos muito bem como tratá-las. As nossas mãos ficaram bem negras, pois não soubemos esperar e quisemos logo descascá-las. Com o tempo, fomos aprendendo a esperar que a Natureza nos facilite o trabalho. Este ano, descobri uma receita de pickles de nozes. Acho-a um pouco ousada para as minhas capacidades culinárias, mas é interessante. É necessário utilizar o fruto antes da formação da casca dura. Quando li a receita, não entendi o que queriam dizer com “picar as nozes com um garfo de prata”. Depois percebi que devem ter a casca ainda mole. É um processo moroso que gostaria de observar antes de tentar.

A grande vantagem deste fruto, é que enquanto apreciamos o processo de formação dos novos frutos, podemos apreciar também o sabor dos que ainda temos do ano passado.

sábado, 9 de abril de 2011

Peónias (Paeoniaceae)




Nem sei muito bem como dizer correctamente o nome desta flor. É com acento, sem acento... Fui confirmar e garantem-me que tem acento.

Sei que as do nosso sítio vêm carregadas de história. Estão ligadas à infância da avó Céu, que se lembra de as ver em Piães (Cinfães), terra da sua meninice. Foi mais tarde encontrar o mesmo tom rosa, o mesmo interior mais escuro, num jardim particular de conhecidos seus em Nantes (França).

Agora, graças a uma tia que as mandou de Resende, estão também no nosso sítio.

O mesmo rosa, com o mesmo tom escuro bem lá no interior desta bela flor.

Sinto-as como um passar de testemunho.

As nossas ficaram assim, grandes, abertas para a vida, a 23 de Março. Durante este tempo foram só nossas. Agora partilho-as convosco.

quinta-feira, 3 de março de 2011

As árvores continuam a alegrar-nos

Enquanto os damasqueiros e a ameixieira continuam a florir, o pequeno pessegueiro também decidiu juntar-se ao grupo. No meio de todo o verde da nossa modesta horta, vemos de vez em quando uns pontinhos cor-de-rosa.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Aconteceu no nosso Sítio

Aconteceu no nosso Sítio
Um caso muito engraçado
A Columbina fez-se macaco
Por causa de um gato aninhado.

Para começar, já temos este blog há algum tempo e pensamos que já é altura de apresentar um dos membros da nossa família, a Colombina.



Falamos disto agora porque, como vão ver, aqui no nosso Sítio do Pombo Verde, mesmo com todas as árvores a florir, um acontecimento não precisa de muito para ser considerado interessante e digno de notícia.

Ontem, para nossa surpresa, um gato branco trepou ao já falado cedro e ficou lá toda a tarde a observar a nossa Colombina a esforçar-se para trepar à árvore (que não é propriamente pequena). Ao ver esta situação, a jornalista e fotógrafa local apressou-se a pegar na máquina fotográfica. Aqui vão algumas das fotos. Da Colombina, animada e saltitante; e do gato, pachorrento, sonolento, desaparecido e nunca mais visto.










terça-feira, 1 de março de 2011

Tudo começa a florir

Depois de algum tempo de chuva, as árvores estão a começar a florir. Primeiro foram os damasqueiros. Não é uma árvore lá muito efusiva, mas consegue ser muito fotogénica.


Pouco tempo depois, vieram as flores de ameixieira. Esta já não passa despercebida. Aqui no Sítio do Pombo Verde há duas ameixieiras. Contudo, uma delas, mais velha e cansada de embelezar jardins, nem folhas nem flores tem.


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Amores

Estas rosas do nosso jardim obviamente já eram. Não estamos em tempo de rosas a florir. Lá fora chove muito. Mas amanhã é dia de São Valentim. E a Carolina guardou esta foto. Estas rosas têm cara de dia dos namorados, diz ela. Este é um blog familiar, sendo a filha Carolina responsável pelas fotos que aqui vão aparecendo. A mãe Isabel só ajuda um pouco com as palavras. E estas rosas são decididamente namorados.
Mas o amor tem, como é sabido, muitas e variadas vertentes. E mais ainda quando analisado num campo mais vasto, que vai muito para lá do namoro. E o namoro é bom. Mas quando vi o desenho que a Carolina fez, embora baseado numa foto que encontrou num blog que costuma consultar para ver "coisas giras"; achei um post bom para celebrar o amor. E também porque penso que a rapariga tem jeito. Por isso, aos amores. Os nossos e os vossos.


domingo, 30 de janeiro de 2011

Azevinho


Este é o nosso azevinho. No Verão passado passeámos um pouco pela Galiza. Em Padrón, estivemos num Jardim Botânico com variadas espécies de plantas e árvores, todas elas devidamente identificadas. Uma chamou-nos particularmente a atenção pela originalidade da placa. Tratava-se de uma certidão de casamento entre dois azevinhos.


A ideia pareceu-nos boa e ficámos tentadas a aproveitar a época do Natal para aqui lançar o desafio de encontrar um noivo ou uma noiva para o nosso azevinho. Parece contudo que ele (ou ela) está destinado à solidão.