domingo, 10 de abril de 2011

Nogueira

A nogueira (Juglans regia) é uma árvore que cresce até quinze metros de altura e tem ramos grossos, que formam uma copa grande e arredondada. As flores têm sexos diferentes e o seu fruto é a noz. A madeira é dura e avermelhada. A nogueira é originária da Europa Oriental e da Ásia.

Antigamente, dizia-se que sentar-se à sombra de uma nogueira dava azar, mas a noz simboliza a protecção devido à sua casca dura. Na tradição hebraica da Bíblia, as nozes são comparadas às Escrituras: a casca representa os factos históricos exactos e o seu conteúdo está cheio de simbologias e mistérios. A nogueira é também símbolo da fertilidade. Diz-se que uma folha de nogueira apanhada na noite de São João colada ao corpo protege dos raios e trovões.

As infusões de nogueira têm propriedades adstringentes e curam as frieiras.

As nozes sabem bem simples. Descascar e comer, em tartes, bolos, doces, com requeijão e mel, é sempre bom.

Quando chegámos ao nosso Sítio, o conhecimento que tínhamos de nozes vinha do mercado, comprar e comer. Por isso, no primeiro ano, não sabíamos muito bem como tratá-las. As nossas mãos ficaram bem negras, pois não soubemos esperar e quisemos logo descascá-las. Com o tempo, fomos aprendendo a esperar que a Natureza nos facilite o trabalho. Este ano, descobri uma receita de pickles de nozes. Acho-a um pouco ousada para as minhas capacidades culinárias, mas é interessante. É necessário utilizar o fruto antes da formação da casca dura. Quando li a receita, não entendi o que queriam dizer com “picar as nozes com um garfo de prata”. Depois percebi que devem ter a casca ainda mole. É um processo moroso que gostaria de observar antes de tentar.

A grande vantagem deste fruto, é que enquanto apreciamos o processo de formação dos novos frutos, podemos apreciar também o sabor dos que ainda temos do ano passado.

sábado, 9 de abril de 2011

Peónias (Paeoniaceae)




Nem sei muito bem como dizer correctamente o nome desta flor. É com acento, sem acento... Fui confirmar e garantem-me que tem acento.

Sei que as do nosso sítio vêm carregadas de história. Estão ligadas à infância da avó Céu, que se lembra de as ver em Piães (Cinfães), terra da sua meninice. Foi mais tarde encontrar o mesmo tom rosa, o mesmo interior mais escuro, num jardim particular de conhecidos seus em Nantes (França).

Agora, graças a uma tia que as mandou de Resende, estão também no nosso sítio.

O mesmo rosa, com o mesmo tom escuro bem lá no interior desta bela flor.

Sinto-as como um passar de testemunho.

As nossas ficaram assim, grandes, abertas para a vida, a 23 de Março. Durante este tempo foram só nossas. Agora partilho-as convosco.