quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Figueira


A Figueira (Ficus Carica) é uma árvore da família das moreáceas. As folhas são grandes, verdes na face superior e ásperas e cinzentas na face inferior. As flores são unissexuais que dão uma infrutescência de nome figo. A figueira é muito cultivada na Europa mediterrânica, incluindo em Portugal. Existem muitas espécies em todo o mundo.

A figueira é símbolo da vida feliz no Éden. Na simbologia cristã, a figueira seca representa o judaísmo. Os deuses gregos Dionísio e Príapo eram representados com ramos de figueira e de videira. No Islão, a figueira e a oliveira eram árvores proibidas. No budismo, a figueira é chamada árvore de Bohdi e simboliza a iluminação, a imortalidade e o conhecimento superior. Na Ásia, aparece nos Upanishades como a “árvore perpétua”, que une a terra ao céu. De acordo com uma lenda dos romanos, Rómulo e Remo, fundadores de Roma, nasceram debaixo de uma figueira. O mesmo aconteceu com o deus Vishnu. Isso fez com que quem cortasse uma figueira fosse punido com a pena de morte. Devido à consistência da seiva da árvore e à grande quantidade de sementes que ela produz, a figueira simbolizava a fecundação e a fertilidade em muitas civilizações antigas como a grega. Diz-se que uma jovem que se queira casar não deve passar entre duas figueiras. O figo funciona como calmante da fome.

No nosso sítio há três figueiras. Por aqui este ano já saboreámos figos de S. João, dos roxos e agora é a vez dos figos pingo de mel. Talvez não seja este o nome correcto de cada uma das variedades que por cá há, mas é assim que os conhecemos e gostamos.

São bons com queijo de cabra e especiarias, em doce e certamente de várias outras maneiras que não conhecemos ainda. Contudo, a nossa recomendação de momento, vai para o mais simples. Abri-los ao meio e deliciarmo-nos com o seu sabor natural.

1 comentário:

  1. Fazem bem em recomendar para os abrirem ao meio, lembram-se do que aconteceu aos apressados e gulosos?

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