A alfazema (Lavandula officinalis ou spica), da família das lamiáceas, chega a ter quarenta a setenta centímetros de altura. Tem caules lenhosos e folhas elípticas, lineares, inteiras e aveludadas. As flores são azuis ou violáceas em espiga e é muito aromática e ornamental. Há muitas espécies. Confunde-se com o rosmaninho.
O nome vem do árabe al-khuzama. Era muito popular entre os Romanos, para o banho e pelas suas virtudes anti-sépticas. Possui propriedades antiespasmódicas e estimulantes e mata os parasitas. As tisanas das flores secas são calmantes, digestivas, anti-reumáticas e analgésicas. As infusões são usadas para diminuir a tosse, tratar dores de cabeça e distúrbios nervosos. Dioscórides, médico nascido na Ásia Menor, no século I da era cristã, cita-a no seu tratado De Materia Medica como boa para o peito e os pulmões. Santa Hildegarda, abadessa beneditina alemã, dizia que para se aproveitarem as suas propriedades terapêuticas se devia “cozer em vinho e bebê-lo morno”.
O uso da alfazema em pot-pourris, saquinhos de cheiro e sais de banho é conhecido e comercializado. Posta dentro das almofadas ajuda a dormir e espalhada pela casa afasta as moscas. Mas quando se pode conviver com a planta e sentir o seu aroma diariamente, apetece outras coisas. Foi assim que descobrimos uma receita de bolachas de alfazema. São fáceis de fazer. Só é preciso secar as flores durante cerca de quatro dias. Misturamos 150g de manteiga com 115g de açúcar até ficar em creme. Mais um ovo batido, uma colher de sopa de flores de alfazema secas, 170g de farinha. Colheradas num tabuleiro e forno com elas. Quem provou, gostou.
Olha, tens um prémio no "Aldeia Olímpica", quando quiseres vai lá buscá-lo.
ResponderEliminarBjs.