domingo, 19 de setembro de 2010

Goji


O goji vem da planta Lycium barbarum, proveniente dos Himalaias. Os frutos são bagas vermelhas. O seu aspecto assemelha-se em muito à nossa conhecida uva passa, visto que aqui consumimos o fruto seco.

Aqui no nosso jardim não conhecíamos nada disso, até que uma amiga nos deu uma mão cheia de bagas, para experimentar. Pesquisámos, ficámos a saber de todas as propriedades anti-oxidantes deste fruto e resolvemos tentar.

Talvez não tenha ainda sido referido, mas este blog é um projecto mãe-filha, com a supervisão e conselhos preciosos de uma avó muito entendida em plantas. O goji não foi excepção. As sementes retiradas dos frutos secos foram para os habituais copinhos de iogurte e com tempo e paciência esperámos que se desenvolvessem. Solinho de manhã, solinho à tarde… Este momento inicial esteve entregue às mãos experientes da avó.

Chegou a altura de os passar para a terra e assim vieram até nós. Outros foram para outros sítios. Estamos agora na fase de comparar evoluções. Alguns dos nossos estão bem, altos e com umas florzitas minúsculas e com um tom de lilás muito ténue que quase não se nota.

Mas como se vê na foto, há um que já deu fruto. É o da avó. O seu jardim fica num terceiro andar numa rua da Figueira da Foz. Quando se tem uma relação assim especial com a natureza, em qualquer lugar se faz verde.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Figueira


A Figueira (Ficus Carica) é uma árvore da família das moreáceas. As folhas são grandes, verdes na face superior e ásperas e cinzentas na face inferior. As flores são unissexuais que dão uma infrutescência de nome figo. A figueira é muito cultivada na Europa mediterrânica, incluindo em Portugal. Existem muitas espécies em todo o mundo.

A figueira é símbolo da vida feliz no Éden. Na simbologia cristã, a figueira seca representa o judaísmo. Os deuses gregos Dionísio e Príapo eram representados com ramos de figueira e de videira. No Islão, a figueira e a oliveira eram árvores proibidas. No budismo, a figueira é chamada árvore de Bohdi e simboliza a iluminação, a imortalidade e o conhecimento superior. Na Ásia, aparece nos Upanishades como a “árvore perpétua”, que une a terra ao céu. De acordo com uma lenda dos romanos, Rómulo e Remo, fundadores de Roma, nasceram debaixo de uma figueira. O mesmo aconteceu com o deus Vishnu. Isso fez com que quem cortasse uma figueira fosse punido com a pena de morte. Devido à consistência da seiva da árvore e à grande quantidade de sementes que ela produz, a figueira simbolizava a fecundação e a fertilidade em muitas civilizações antigas como a grega. Diz-se que uma jovem que se queira casar não deve passar entre duas figueiras. O figo funciona como calmante da fome.

No nosso sítio há três figueiras. Por aqui este ano já saboreámos figos de S. João, dos roxos e agora é a vez dos figos pingo de mel. Talvez não seja este o nome correcto de cada uma das variedades que por cá há, mas é assim que os conhecemos e gostamos.

São bons com queijo de cabra e especiarias, em doce e certamente de várias outras maneiras que não conhecemos ainda. Contudo, a nossa recomendação de momento, vai para o mais simples. Abri-los ao meio e deliciarmo-nos com o seu sabor natural.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Bambu


O bambu (Bambuseae) é da família das gramíneas. Chega a atingir mais de vinte metros de altura. As folhas são verdes claras. As canas são leves mas muito resistentes. Utilizam-se na construção de casas e em mobiliário. Os rebentos tenros são comestíveis. É originário da Índia.

Segundo a arte e a simbologia asiáticas, o bambu representa a modéstia, a idade avançada e diz-se que, quando é queimado, rebenta emitindo estalidos que afastam os demónios. Nas representações da deusa Kuan-Yin, ela apresenta-se com um ramo da planta. Um dos motivos mais comuns das aguarelas orientais é o bambu. Os nós representam os degraus que têm de ser subidos para obter conhecimento da vida.

No Japão, o bambu simboliza a juventude eterna, a força, a sorte e a alegria de viver.

Em algumas tribos sul-americanas, o bambu era utilizado em armas de guerra.

Ter bambu no nosso sítio era um sonho que a persistência de alguém e várias mesadas pacientemente guardadas tornaram realidade. O nosso bambu negro ficou connosco há dois anos e meio, pelo Natal, e vai crescendo e ganhando novos rebentos anualmente.