terça-feira, 31 de agosto de 2010

Cedro


O cedro (Cedrus) é uma árvore da família das abietáceas, que cresce até quarenta metros de altura. O tronco é grosso e é uma árvore de folha persistente.

Os egípcios usavam a madeira de cedro em sarcófagos, estátuas, móveis e barcos. Os gregos consideravam o cedro uma árvore sagrada e usavam-na em estátuas de deuses. Salomão edificou o templo de Jerusalém com madeira de cedro.

O cedro é símbolo de imortalidade, grandeza, nobreza, beleza e integridade.

Aqui no nosso Sítio do Pombo Verde há um cedro, com um ninho de rolas. Não sabemos há quantos anos cá está, a nossa presença é muito mais recente. É uma árvore imponente com uma agradável sombra. Quando amanhece, o chilrear dos pássaros que partem para o seu dia-a-dia acorda-nos antecipadamente e agrada-nos. Ao cair da tarde ouve-se o seu regresso a casa e do nosso cedro ecoam conversas da natureza.

domingo, 22 de agosto de 2010

Um prémio para “O Sítio do Pombo Verde”


O "Aldeia Olímpica" atribuiu-nos o prémio Blogue de Ouro.

Sendo nós um blog que está agora a dar os primeiros passos, consideramos a atribuição do prémio um pouco prematura. Vale contudo pelo incentivo e voto de confiança. Seguindo as regras que nos foram explicadas, temos de:

1º Colocar a imagem do selo no nosso blogue.

2º Indicar o link do blogue que nos atribuiu o prémio.

3º Indicar 3 blogues para receber o selo.

4º Comentar nos blogues a que atribuimos o selo.

 

Sendo assim, os nossos nomeados são:

1. Viajantedecasascostas – Como não saímos muito, vamos conhecendo novos sítios com estes amigos.

2. Xis Xis – Chegámos lá porque a ciência nos interessa e esta forma de a explicar nos cativa.

3. Historic Gardens – Gostamos destes jardins que são bem maiores que o nosso Sítio.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Roseira


A roseira (Rosa) é um arbusto da família das rosáceas, de caules ramosos, com espinhos, folhas alternas, ásperas, pecioladas, flores terminais, solitárias ou em espiga, corola de pétalas redondas ou em forma de coração, belas e perfumadas. Em Portugal, cultiva-se nos jardins, mas é espontânea no Minho, Trás-os-Montes, Beiras e Alentejo. Há em todo o mundo milhares de variedades das mais variadas cores.

A palavra, provinda do latim rosa, é, provavelmente, uma corruptela do grego rodhon, que significa “Primavera”. Na Idade Média era símbolo de caridade. É símbolo do amor e da paixão, da virgindade, da força espiritual da ressurreição e da imortalidade. Na simbologia maçónica, significavam luz, amor e vida. Fósseis encontrados datam-nas de há muitos milhões de anos. As rosas são conhecidas na Ásia há cinco mil anos. Uma lenda grega diz que Afrodite deu uma rosa ao seu filho Eros, o deus do amor e este, por sua vez, a deu a Harpócrates, o deus do silêncio, para o convencer a não revelar as aventuras amorosas da sua mãe. Foi neste episódio que se baseou, na Idade Média, o hábito de nas salas de reunião dos municípios ser suspensa do tecto uma rosa para que todos os presentes se comprometessem a não revelar as decisões ali tomadas: estavam sub rosa. O mesmo significado se revelava na rosa que ornamentava os confessionários. Em algumas casas ricas da Europa, nas salas de jantar, suspendia-se do alto uma rosa com a mesma intenção – não se revelar o que se dizia durante as refeições. Em Roma, dedicavam às rosas as festas em honra de Dionísio (Baco) e chamavam a essas festas as Rosálias. As estátuas de Vénus eram adornadas com essas flores. Os romanos e gregos acreditavam que elas os imunizavam da embriaguez. Uma lenda romana conta que a deusa Diana transformou uma jovem, Rodanthe, numa rosa e os candidatos a namorados em espinhos. Na alquimia, as rosas brancas e vermelhas são símbolo do sistema dualístico vermelho/branco, /enxofre/mercúrio, e uma rosa com sete pétalas relaciona-se com os sete metais e os sete planetas. As rosas, que inspiraram obras como Roman de la rose, a arquitectura, com a “rosácea gótica”, e a astronomia, com a rosa-dos-ventos, também foram um símbolo de guerra. No século XV, as casas de York, cujo brasão incluía uma rosa branca, e de Lancaster, onde figurava a rosa vermelha, envolveram-se, em Inglaterra, numa guerra civil que ficou conhecida como a Guerra das Rosas.

A rosa, na planta, tem um perfume muito menos intenso do que o que adquire depois de cortada e concentra a sua essência na epiderme das pétalas. Na preparação de perfumes só se usam as pétalas de cor pálida – brancas, amarelas, cremes e rosadas. As pétalas das rosas vermelhas são utilizadas em farmácia, especialmente na preparação da “água das rosas”, conhecida desde a mais remota Antiguidade.

Os botões de rosa podem ser usados em potpourris e as pétalas em saladas. O chá de bagas de roseira, que tem muita vitamina C, ajuda a criar resistência às constipações e outras infecções. O chá de bagas de roseira brava também é um laxante moderado.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Pessegueiro


O pessegueiro (Prunus persica) é uma árvore de fruto da família das rosáceas. Tem folhas lanceoladas, flores solitárias rosadas. É cultivado em larga escala em Portugal.

É originário da Pérsia e da China. Os latinos chamavam ao seu fruto Malum persicum, “maçã-da-Pérsia”. Na China antiga, o pessegueiro era símbolo da imortalidade e da longevidade. A sua flor era o símbolo das mulheres jovens. A lenda chinesa da deusa das fadas Hsi-Wangmu diz que a cada mil anos nasciam no seu jardim pessegueiros que tornavam imortal quem comesse os seus frutos. Ainda na China, a madeira da árvore protegia dos seres maléficos e, por isso, penduravam-se ramos de pessegueiro nas portas durante as festas do Ano Novo. No Japão, a flor do pessegueiro simboliza a Primavera e a virgindade, e celebram-se festas em sua honra. Na simbologia cristã, em certas pinturas da Virgem Maria com o Menino, surge o pêssego no lugar da maçã, representando o fruto da salvação.

Este é um fruto com muitas utilizações. Compotas, bolos, caldas… Mas o melhor mesmo é ao natural. É agradável ter uma cesta com pêssegos acabados de apanhar a perfumar a nossa cozinha. Depois de um bom almoço, ou numa pausa a meio da tarde, sabe bem saborear um pêssego.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Outros jardins


Quando nos deparamos com uma flor, planta, erva aromática, usufruímos das suas cores, cheiros, gostamos de lhes tocar. Depois pensamos que há mais do que isso. Há a simbologia que toda a natureza tem. Há um sem número de aplicações diferentes que se podem fazer com flores ou ervas, de que muitas vezes não nos lembramos. Algumas são até bem simples e saborosas, como as bolachas com alfazema.

Olhando para o nosso jardim, pensámos que poderíamos entender melhor a natureza que nos rodeia explicando pequenos detalhes, talvez conhecidos para muitos, mas saborosas novidades para nós.

Inicialmente a ideia era mostrar só o nosso jardim. Está perto, cuidamos dele, é nosso conhecido. Mas estamos em tempo de férias, de passeio por outros jardins. Mal não fará conhecê-los um pouco também.  

O Jardim Botânico de Coimbra é um percurso que fazemos esporadicamente. Diferentes estações do ano dão diferentes perspectivas.

 

Desta vez a visita foi a Ponte de Lima, ao Festival Internacional de Jardins. Já se realiza há alguns anos, sempre com um tema diferente. Este ano os vários concorrentes mostraram o “Kaos no jardim”. Sendo a nossa estreia, não sabíamos bem o que íamos encontrar. O espaço onde se realiza o festival é um belo jardim, com latadas de videiras e de limoeiros (o que foi uma novidade para nós), e interessantes labirintos de hortênsias e jasmins. Gostámos. Quanto à exposição, foi uma estranha surpresa. Esperávamos deparar-nos com ideias inovadoras de jardins. Em vez disso o que vimos foi mesmo o Kaos. Estranhas instalações com esculturas de metal, balões, ferros retorcidos… caótico como se queria. Irlanda, Brasil, Espanha, Holanda, entre outros; mostram hoje como poderá ser o futuro se não mudarmos a nossa relação com a natureza. Sentimos a falta de plantas, flores, árvores. Não foi o que nos apetecia ver, mas funciona bem como um aviso.